O projeto surgiu devido ao colapso da original casa Austrália (uma antiga residência japonesa de 100 anos). É essencialmente um projeto de recuperação, mas de tipo cultural. A estrutura foi subrerdimensionada para que pudesse funcionar como abrigo no caso de desastres futuros.
A menos de um ano do anúncio do concurso foi declarada a data de conclusão da construção. Isto demandou uma base de trabalho da Embaixada da Austrália em Tóquio e a rápida construção por empreiteiros locais – Iisuka Constructions e Onojeima Constructions.
A geometria clara e simples da casa cria possibilidades ao contrário da arquitetura que busca a autenticidade.
A galeria principal volta-se para o aterro ao invés da vista marcante do vale. Desta forma, o aterro, inclinado para cima, torna-se a terceira parede da galeria, possibilitando o envolvimento de artistas e curadores com a paisagem.
Ao concentrar-se nesta vista comum ao invés da mais extraordinária, buscou-se exaltar o valor das coisas locais e ordinárias pós-GFC e pós-terremoto no leste do Japão.
A colaboração única entre artistas e arquitetos trabalhou para incorporar uma obra permanente para dentro da galeria, que pode ser ocultado por um grande painel folheado. Espera-se que uma nova obra permanente possa ser incorporada ao espaço da galeria a cada trienal, para que em 15 anos possa-se passear pelo espaço de 6 obras permanentes.
O projeto ressoa através das estruturas principais utilitárias, com uma cobertura acessível, de expressão direta e localizado próximo à estrada para que seja de fácil acesso durante o período de neve. O edifício segue a lógica básica desse tipo de construção desta região.
A forma do telhado íngreme emerge-se para o daikoku-bashira (que em japonês seria o pilar ou o hall principal), criando uma galeria alta dentro de um volume compacto.
Apesar de seu tamanho (120 m²), este edifício confere uma qualidade institucional, embora também transmita a presença ambígua de uma estrutura rural e um objeto de arte.